A estratificação e as mazelas sociais estiveram sempre presentes em solo brasileiro e, em Tatuí, o cenário não foi diferente. Para algumas pessoas, em especial, portadores de deficiência, distúrbios cognitivos e agonizantes, o convívio em sociedade era negado; em uma ambientação cada vez mais urbana e industrializada aos, naquela época, considerados “menos capacitados” não haveria outra opção senão viver nas ruas.
Diante desta problemática, a comunidade tatuiana em parceria com a sociedade vicentina, propôs a criação de uma casa de acolhimento a fim de que estes vulneráveis tivessem sua dignidade e vida recuperadas. O projeto se concretizou em primeiro de agosto de 1905, quando João Clímaco de Camargo outorgou a fundação do “Asilo de Mendicidade”, a semente do que, hoje, conhecemos como o Lar São Vicente de Paulo.
Ao longo dos anos, a Instituição ofereceu abrigo aos marginalizados e mais fragilizados de nossa cidade, através da colaboração entre os funcionários, voluntários e a ordem das Irmãs da Providência que, à luz dos ideais de São Luís Scrosoppi, agregaram também para o cuidado espiritual dos institucionalizados. No ano de 1938, por meio desta colaboração, mantida pelos laços do Amor e da Caridade, deu-se a construção do prédio que, até os dias atuais, sedia o Lar São Vicente de Paulo.